Aos amigos e
amigas, sendo educadores ou não, sendo estudantes ou não, faço a seguinte
pergunta: É possível reformar algo que ainda não foi construído? Posso eu
‘arrematar’ algo que ainda não esta consolidada?
Ao fazer
tais perguntas, fundamento estes - e outros aqui não apontados –
questionamentos a cerca da missão educacional de “nostra” pátria “mother”
gentil. Perdoe-me o trocadilho, mas o que o governo federal quer fazer com
nossa educação me da a impressão de que estamos vivendo num estado americano ou
num país europeu.
O
brasileiro, em sua esmagadora maioria, não tem a cultura da busca da informação
e do conhecimento, vivemos atualmente a cultura “copia e cola”. Quem é
professor sabe bem disso... O advento das novas tecnologias da comunicação e
informação facilitou a comunicabilidade entre pessoas e grupos, mas por outro
lado prejudicaram o apoderamento da construção de conhecimento... Temos muita
informação e pouco conteúdo.
O contexto
político contemporâneo – o carnaval eleitoral, o afastamento do governo
petista, a reforma da previdência e os novos números da economia – faz com que,
assuntos como o futuro de nossa educação, seja secundário para grande maioria
da população que vive o senso comum; pessoas estas também vítimas de um sistema
escravocrata que os “adestrou” para terem consciência de que só se precisa
pouco saber ler, escrever e operações matemáticas básicas fazer, traduzindo:
Você só precisa de um diploma de ensino médio.
Se sou
apenas peça de uma engrenagem, posso facilmente ser substituído, afinal o que
não falta no mercado são peças para reposição.
Quando Temer
elenca algumas disciplinas e desqualifica outras ele mostra qual o tipo de
cidadão o governo quer formar, uma população domesticada que teria medo de
ousar e discordar da decisão soberana da união.
O povo não
precisa libertar seu pensamento, filhos de operários devem ser operários,
estamos vivendo o neofeudalismo* numa cultura neoliberal. É claro que isso tem
que acontecer, afinal de contas qual o perfil do professor em sua grande
maioria? Boa parte são como eu, filhos de pais com pouca ou nenhuma
escolaridade que com muito custo vence as barreiras sociais para conseguir ser
o primeiro de quatro ou cinco gerações a ter um diploma de nível superior.
Professores
como eu que, ao saber que pelas entrelinhas da história, criou-se uma estória
fictícia digna de ser aplaudida pelos críticos de bollywood, vêem e revivem toda humilhação e privação que seus pais
e avós viveram, simplesmente por uma posição positivista de tais governos que
ocuparam o poder ao longo da história, ficamos indignados, porém esperançosos
pois sabemos que a única resistência que temos contra a força, é a consciência
construída pelas novas gerações. Talvez seja uma utopia, talvez não.
O fato é bem
simples, vivemos um discurso desconexo com a realidade, perdoe-me os mais
pedagogicamente corretos, mas precisamos muito do tecnicismo, porém precisamos
também desenvolver o senso crítico, a ética, a moral e o cognitivismo.
Sou músico e
escritor por opção e pedagogo por profissão... Burocratas engravatados e
professores marionetes de cargos comissionados, não podem decidir o futuro
educacional de uma geração. Passe esse
manifesto adiante, compartilhe, dê sua opinião, questione, critique, mas não
deixe nossa liberdade de expressão morrer por desuso.
Trabalhamos com amor e não apenas por amor. Paz e luz e sempre!
* neofeudalismo – expressão esta criada, talvez num
contexto aforista pelo autor, fazendo uma referência à nova forma de se manter
a ordem social sem o uso da violência.
Adoro quando você se posiciona diante de uma situação polêmica e traz esclarecimento ao leitor!!! #continueassim #arrasou
ResponderExcluirDa arte de abrir a mente das pessoas, desta você entende!! #obrigadaporopinar
#obrigadoprati pessoa fofa...Estamos vivendo um momento de transição política é preciso ficar atento.
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