sábado, 22 de março de 2014

A Neo Idolatria Cristã

Salve, Salve minha gente amiga... Estou eu aqui de volta.

Esta semana gostaria de comentar um pouco sobre o meio neo-cristão. Gostaria antes de ressaltar que sou temente a Deus e acredito em seu dogma, além de ser “fã”nático de Jesus, sem dúvida Ele foi o maior exemplo para a humanidade.
Respeito a opinião dos ateístas e demais pessoas com credos diferentes, inclusive os que se intitulam satanistas ou até mesmo “From Hell”, não julgo ninguém - embora com frequência seja julgado pelas pessoas, pois tenho meu próprio pensamento a respeito do Criador e de suas maravilhas. Se tem uma coisa que me incomoda são as piadas de mal gosto relacionadas a Jesus, mesmo que algumas pessoas não acreditem Nele, algo importante deve ser colocado: Ele nos ensinou a amar o próximo, algo que até hoje 2014 anos depois ainda não conseguimos.  
Nossa sociedade hoje, vive uma inversão de valores, valores estes que acabam sendo medidos pelo capital. E ai me perdoem meus irmãos evangélicos, pois as duas únicas coisas que são frequentemente ensinadas em cultos e em programas vespertinos gospel de televisão é a questão do Dízimo e a Idolatria. Concordo que um templo tem suas necessidades para se manter, mas as diferentes campanhas para se conseguir algo em troca pela benção de Deus, já é um exagero. Devemos amar Deus pelo que ELE É, por ter nos dado fôlego da vida e não pelas benfeitorias que terei se o Servir.  
Sinto uma certa incoerência por parte de alguns líderes espirituais, gostaria de dizer também que já lí muito a respeito e frequentei diversos tipos de templos, se tem algo que posso afirmar de forma empírica é que DEUS NÃO EXISTE, DEUS É.

O mundo gospel hoje movimenta bilhões de reais por ano, são rádios, livrarias, canais comércios e demais empreendimentos com a temática. Concordo com o que Jesus disse: Ide e pregai o Evangelho, e isso gera despesas. Sei que os líderes precisam se manter pois vivem para a obra, concordo em lhes ajudar a se alimentar, locomover etc. Desde o momento que se façam presente na vida de seus irmãos. O que vemos hoje – infelizmente, é um comércio com a obra de Deus. E dai não poderia deixar de citar um mundo que conheço bem, que é o mundo fonográfico.

Atualmente, o pastor Thalles Roberto tem sido uma das mais novas febres no repertório do público gospel, gostaria de lembrar que minha crítica não é ao cantor, mas sim ao que tange a pobreza da atual música gospel no Brasil. Quem ouve a música de Thalles logo percebe que ele é emotivo, improvisador, frenético e intenso. Em seu testemunho ele diz que após um período trabalhando no meio secular, e tendo se desviado de uma vida cristã autêntica, preferiu abandonar os contratos do meio musical onde trabalhava e retornou para o convívio da Igreja (não resistindo ao chamado de Deus), onde gravou seu 1º CD Na sala do Pai (2009). O CD é bem trabalhado musicalmente, com letras interessantes e que fogem do mantra americanizado protagonizado nos últimos anos por cantores como Aline Barros.
Musicalmente falando, ele é um ótimo músico, cantor e compositor. Sua experiência “externa”, trouxe para música gospel influências interessantes, ser cristão não é ser ultrapassado e careta e sim uma pessoa de bem com a vida. Embora em seu trabalho há muito exagero e em alguns casos , e deixo claro que pode parecer impressão minha, remetem a plágio de arranjos antigos de canções que fizeram sucesso, como por exemplo a faixa intitulada “Deus da Força” me lembra muito The Who, mas isso não vem o caso... Fiz essa pequena reflexão para mostrar que a crítica a seguir não é contra o levita e sim contra o artista, entenda, em Êxodos capitulo 20 versículos 3,4, e 5 temos o texto:  

3 Não terás outros deuses diante de mim.
4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.

Thalles Roberto, em seu site e em seus shows igrejas e palcos seculares afora vende o THALLECO, um boneco que sua imagem e semelhança


Além de camisas temáticas com seu nome, talvez esteja seguindo o exemplo marqueteiro de Aline Barros.


 A igreja do Senhor virou um grande comércio nos dias de hoje, enriquecendo aqueles que dizem levar as boas novas do evangelho e que são escolhidos por D'Ele. A idolatria cristã, que como sempre foi apontada pelo meio evangélico como algo que levaria católicos a condenação eterna, é feita pelos fies de forma inconsciente ou consciente sem entender o que significa idolatrar. Cadernos com fotos de cantores gospel são vendidos, poster de líderes são expostos maiores que o nome de Jesus, etc. Além do misticismo pregado por parte de algumas denominações, entenda: Rosa consagrada, passar pelo vale do Sal, levar papéis para queimar no monte, etc e etc. Coisa que algumas linhas do espiritismo faziam e fazem até hoje.

Não me achem herege ou um homem que tenta acabar com sua fé; lembre-se que DEUS É. Não siga seu líder religioso, e sim siga os ensinamentos do grande mestre Jesus.
Quanto ao Pastor Thalles peço a Deus para que ele não se perca em suas convicções e faça o que ele inspirado por Deus canta em ‘O que queres de mim’: “humildade sempre, a soberba não”!

Deus os abençoe e amém.